A nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), construída no Porto Alto, quer, num futuro próximo, servir cerca de 36450 utilizadores, em vez dos atuais 18550. Esta ETAR, recorde-se, trata os efluentes da freguesia de Samora Correia e das povoações do Porto Alto e Arados.
O terreno adquirido pela Águas do Ribatejo prevê esta duplicação da ETAR numa segunda fase, de modo a garantir também o tratamento dos efluentes das bacias da Esteveira e da Murteira que atualmente são tratados nas ETAR existentes.
A ETAR foi construída na Herdade de Palhavã numa zona de charneca, rodeada de montado de sobro, fora da malha urbana e perto do rio de modo a minimizar os impactes sociais e ambientais. A nova ETAR de Samora Correia e as respetivas estações elevatórias estiveram em período de testes desde setembro, sofrendo os normais ajustes e afinações nos equipamentos que compõem o sistema de tratamento.
Esta intervenção teve o custo de cerca de cinco milhões de euros, e incluiu a construção dos emissários e condutas com 10 quilómetros e três estações elevatórias para encaminhar o “esgoto” para a ETAR. As novas estações intermédias foram implementadas nas antigas ETAR de Quinta dos Gatos, Bordalo Pinheiro e Pendente 2 (Porto Alto) que estavam em fim de vida, tendo já “debilidades de funcionamento”, explica a Águas do Ribatejo em nota de imprensa.
Esta operação, explica ainda a empresa, representa o maior investimento de sempre feito com capitais próprios da Águas do Ribatejo, uma vez que esta empresa intermunicipal assumiu cerca de quatro milhões de euros do investimento com base num empréstimo bancário e capitais próprios.
No entanto, mais de 850 mil euros foram financiados por fundos comunitários. A obra decorreu ao longo de dois anos e permitiu criar “dezenas de postos de trabalho por parte da empresa construtora, subempreiteiros, fornecedores e outros prestadores de serviços”, realça a empresa.