Habitantes da Barrosa confirmam que existiam divergências no executivo da Junta de Freguesia

Os habitantes da freguesia da Barrosa confirmam que existiam divergências entre os elementos do executivo daquela Junta de Freguesia, e que culminou na renuncia do mandato pelo anterior presidente, Nuno Gaspar, e a anterior secretária, Sónia Faria.

A situação foi tornada pública durante a intervenção de um morador na Barrosa, João Matos, na última reunião da Câmara de Benavente, realizada esta segunda-feira, dia 6 de dezembro. Nesta intervenção, João Matos partilhou uma situação ocorrida durante um encontro de reformados, e testemunhada por vários participantes, no qual a secretária Sónia Faria estaria a dar ordens a uma funcionária da Junta de Freguesia da Barrosa, quando foi interrompida pela tesoureira e antiga presidente daquela junta, Fátima Machacaz, a questionar-lhe sobre quem lhe teria dado ordens para fazer aquela função.

João Matos aproveitou ainda a sua intervenção para pedir a realização de eleições antecipadas, uma vez que não concordam com a eleição direta de Ana Margarida Fonseca, prima de Fátima Machacaz, para o cargo de presidente da Junta da Barrosa. Ao Correio da Região, António Rabaça Ribeiro, presidente do PS Benavente, recusou a necessidade de se avançar para eleições antecipadas, uma vez que a lei permite “a substituição pelo eleito seguinte da lista mais votada, quando se verifica a renúncia ou o impedimento”.  

Ainda na mesma resposta, o responsável pela concelhia do Partido Socialista afirma não ter conhecimento de “incidentes graves no seio do executivo, não há queixas no Ministério Público nem na GNR, portanto não há nada de concreto a ser apreciado, seja por mim próprio, seja pela CPC [Comissão Política Concelhia]”.

Recorde-se que Ana Margarida Fonseca, que era a número quatro da lista do Partido Socialista (PS) à Assembleia de Freguesia da Barrosa, tomou posse na última sexta-feira, dia 3 de dezembro. Este domingo, dia 5 de dezembro, o PS de Benavente emitiu um comunicado, no qual garantiu que Nuno Gaspar renunciou ao cargo por motivos “pessoais e profissionais” e não por divergências com o executivo.

Ainda na mesma nota, o partido afirma que Nuno Gaspar não esteve presente na reunião da passada sexta-feira, nem na reunião extraordinária da Assembleia Municipal que se realizou no passado dia 30 de novembro, uma vez que já teria renunciado ao cargo antes dessa data.

[Artigo editado às 10h35 do dia 7/12/21 com a resposta do PS Benavente]

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