As corporações de bombeiros dos concelhos servidos pelo Hospital de Vila Franca de Xira alertaram esta terça-feira, dia 16 de novembro, para a “situação caótica” vivida neste equipamento de saúde, sublinhando que estão a ser “cada vez mais confrontados com situações desumanas”.
Numa carta aberta, as 12 corporações de bombeiros apontam para a existência de vários “constrangimentos” no serviço de socorro prestado naquele hospital, na sequência da transição da gestão privada para a pública, e falam num “aumento do número de horas de espera das ambulâncias por falta de recursos básicos como macas ou cadeiras de rodas”.
Segundo estas corporações, “estes tempos de espera causam impactos vários nos recursos humanos das nossas instituições, que vão desde o simples aumento injustificado de horas de trabalho como até à dificuldade de satisfação de necessidades mínimas como a logística alimentar”, lê-se na missiva.
No entanto, e contactada pela agência Lusa, fonte do Hospital de Vila Franca de Xira manifestou-se surpreendida com esta carta, ressalvando que “nunca nenhuma corporação de bombeiros da área de referência fez chegar qualquer tipo de constrangimento que agora refere” e negou a falta de equipamento no serviço de urgência.
“Aliás, já durante o verão, e para colmatar eventuais necessidades na época de inverno que se aproxima, o atual Conselho de Administração adquiriu mais macas para o Serviço de Urgência. Reforça-se, portanto, que não existem equipamentos em falta no Serviço de Urgência, como sejam macas ou cadeiras de rodas”, aponta a administração do HVFX.
Nesse sentido, a administração do Hospital de Vila Franca de Xira interpreta esta tomada de posição dos bombeiros como “mais um fator que se inscreve na constante pressão que tem existido sobre a transição da gestão privada para a pública.
Os bombeiros pedem à administração do Hospital de Vila Franca de Xira uma reunião “com a urgência possível” para aferir quais serão “as medidas concretas” para minimizar os constrangimentos existentes. A carta foi assinada pelas corporações de bombeiros de Vila Franca de Xira, Vialonga, Alhandra, Castanheira do Ribatejo, Póvoa de Santa Iria e Alverca, Azambuja, Alcoentre, Alenquer, Merceana, Arruda dos Vinhos e Benavente. A corporação de Samora Correia não assinou esta missiva.
Lusa
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